REVIEW | O Jogo da Imitação

O Jogo da Imitação é o filme oscarizado pelo seu argumento que toda a gente deve ter na sua watchlist. Desde os cenários, à caracterização, às personagens e, por fim, à história - tudo no filme é bom. Merece a nossa atenção durante todos os minutos. Saibam porquê. 

Depois de uma noite para dormir sobre o assunto, há muito (de bom) para dizer acerca de O Jogo da Imitação. A acção do filme centra-se me Inglaterra, durante o período da II Guerra Mundial, e traz-nos a história de Alan Turing, o brilhante matemático / criptógrafo que deu vida à maquina capaz de decifrar a impossível cifra alemã Enigma.

A personagem de Turing é interpretada por Benedict Cumberbatch, o famoso actor da série Sherlock. Interpreta o papel brilhantemente, tendo tal prestação valido ao actor uma nomeação ao Óscar em 2015. É acompanhado por Keira Knightley (Joan) e Matthew Goode, o que torna o elenco de O Jogo da Imitação um verdadeiro luxo. Elenco à parte, contamos ainda com uma banda sonora brilhante da autoria de Alexander Desplat, e um argumento adaptado que valeu ao filme o Óscar.

Muitos criticam negativamente o filme devido a diversas incongruências históricas, no entanto não podemos esquecer que estamos a falar de uma adaptação da realidade e como tal nem todos os factos são 100% fiáveis. Apesar de tais críticas, não podemos deixar de considerar O Jogo da Imitação como um filme de referência sobre a II Guerra Mundial, e mais ainda sobre o mundo em que vivemos hoje (não esquecendo evidentemente que Christopher originou as Máquinas de Turing, a que um dia chamaríamos computadores).

Quanto à sua indiscutível qualidade cinematográfica, O Jogo da Imitação é dominado por flashbacks e flashforwards diversos, nos quais podemos acompanhar as diversas fases da vida de Turing. A história é assim desconstruída e mostrada como um puzzle que o espectador mais desatento não conseguirá acompanhar. Oscar Eaura, o cinematógrafo que ajudou a dar vida ao filme, pretendeu (e realizou com sucesso) uma imagem realista e visualmente atractiva sem ser demasiado estilizada (mais realista que estilizada, em todo o seu conjunto). No entanto o tratamento de cor é a principal diferenciação entre os diversos períodos da história retratada, que embora subtil não escapa ao mais observador.

Todos estes aspectos são os básicos que fazem de O Jogo da Imitação um filme a ter em conta, quer para os amantes da história como para os apreciadores de uma boa sessão de cinema,








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